domingo, 14 de outubro de 2018

O sexo frágil

O ano é 2018. E ainda enxergam, nós, mulheres como seres inferiores, como objetos sexuais, como putas ou santas.
Nos separam por categorias, como se nós fossemos alguma mercadoria. Já ouvi que eu sou pra casar, mas que minha amiga não é. Mas o que a diferencia de mim?
Somos humanas, somos mulheres, somos seres vivos, que independente da forma que vivemos temos desejos, vontades e ações que nos diferem. Ninguém é igual há ninguém, mas todos somos iguais. Todos temos os mesmos direitos.
Ver vitimas sendo culpadas por algo que elas não tem culpa me revolta.
Eu escondi por muito tempo que sofri abuso sexual quando era criança por medo de me culparem por algo que eu não sabia o que estava acontecendo. Me revolta  ter MEDO de pegar carona com um amigo por medo de que algo passa acontecer comigo. Me revolta!
Nós vivemos em uma sociedade onde as mulheres não são respeitadas por serem mulheres, por serem que elas são. Nós vivemos em um lugar onde temos medo de sair sozinha de casa e não conseguir voltar, ou sermos atacadas.
Temos que lidar com olhares maliciosos e piadas constrangedoras diariamente.
E, depois, nós somos o sexo frágil.

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