quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Dementador particular

Há quase quinze minutos atrás eu precisei sair de casa e olhei pra lua, naquele momento eu senti uma necessidade insana de escrever, fotografar e desenhar aquela imagem, mas como meus talentos para fotografia e desenho são questionáveis, estou eu aqui escrevendo.
Eu nunca fui boa em descrever coisas, mas as sensações que a lua me trouxe, ah, essas foram incríveis. Parecia que eu havia sido transportada para um mundo mágico e que por cinco segundos só existiam eu e aquela imagem, nele eu poderia ser uma atriz, cantora e escritora que toca violão e piano e estaria tudo bem.
Mas depois que voltei pra casa a realidade bateu forte, bateu sem dó nem piedade, bateu como vem me batendo há tempos. Eu não sou atriz, cantora, escritora e tampouco toco algum instrumento. Eu sou só mais uma pessoa frustrada por não conseguir ser quem realmente é por medo de enfrentar os medos.
Se, hoje, eu pudesse voltar no tempo e encontrar meu eu de doze anos, eu diria que eu deveria tentar, que eu poderia falhar, fracassar, ou simplesmente descobrir que não gostava daquilo, mas que eu teria descoberto porque eu fui lá e enfrentei meus medos.
Eu quero fazer isso agora, enfrentar meu bicho-papão, mas ele parece cada vez mais assustador e um simples Riddikulus não o afastará. Ela é o meu Dementador particular.

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